segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A Química que lava roupa suja =D


Calma! Não é essa a "roupa suja" que você está pensando. A química, infelizmente, não pode ajudar nesses casos. Mas, quando se trata da prosaica roupa nossa de cada dia, tenha certeza, é a química que garante o seu retorno, limpa e cheirosa, para um novo uso. E ela não está presente apenas nos sabões em pó, alvejantes, amaciantes ou outros produtos utilizados em todos os lares na lavagem das roupas que nos ajudaram a ganhar mais um dia. A química, na verdade, participa de todo o processo, facilitando e tornando mais rápida essa tarefa tão importante e necessária.
Você imaginaria, por exemplo, que a máquina de lavar roupa é, em sua essência, um produto de origem química? Difícil, não? Pois é. Observe os diversos modelos de máquinas existentes no mercado. O plástico, de origem química, está presente em todas as versões. Em algumas, a tampa é produzida com polipropileno, ou simplesmente PP. Em outras, com copolímero à base de acrilonitrila, estireno e acrilato, ou ASA, um produto recentemente desenvolvido pela química. Na maioria, o cesto interno foi produzido em polipropileno, as engrenagens em poliacetal, os conectores elétricos com poli (tereftalato de butileno), ou PBT, e o dispenser (o recipiente onde se coloca o amaciante) em ABS (copolímero de acrilonitrila, butadieno e estireno). Os fios são revestidos por PVC. As mangueiras, na grande parte dos casos, também foram construídas com PVC e o náilon pode estar equipando sua máquina para reduzir ruídos. Há, ainda, as tintas e óleos lubrificantes utilizados nas máquinas de lavar, produtos também gerados pela química.
Você, muito provavelmente, já parou para pensar na evolução dessas verdadeiras auxiliares domésticas que são as máquinas de lavar roupa. Antes enormes e barulhentas, propensas com alguns anos de vida à oxidação e com reduzida capacidade, hoje são mais silenciosas, mais leves, mais compactas. Graças, é claro, à química, que desenvolveu produtos que revolucionaram processos e substituíram, com vantagens, outros materiais. Mas você tem razão: para que se preocupar com isso, justamente agora que sua esposa pode simplesmente apertar um botão para lavar aquele monte de roupa suja e dedicar todo o tempo a você? O melhor mesmo é aproveitar esses momentos preciosos e deixar a química fazer o resto. Afinal, ela está aí para isso mesmo: desenvolver novos materiais e produtos para melhorar a nossa vida. Portanto, relaxe.

Dormindo com a Química.!


Uma revigorante noite de sono está mais associada com a Química do que pode imaginar a maioria dos usuários de colchões. Talvez em função do hábito de fechar muito rapidamente os olhos na hora de dormir, muitos não percebam a presença da Química em cada elemento de conforto do seu quarto.
A maciez do colchão, por exemplo, é garantida por uma placa de espuma de poliuretano, revestida por um tecido de poliéster, tingido com corantes dispersos, como, por exemplo, nitroarilamina. O lençol, por sua vez, é fabricado a partir de uma reação de um monoetilenoglicol com dimetiltereftalato ou ácido tereftálico, matérias-primas do poliéster. Mesmo se o lençol for 100% algodão, suas fibras são tratadas com hidróxido de sódio para garantir resistência.
Até na intimidade do quarto, a Química está próxima de nós. Felizmente, com o cansaço do fim do dia, não precisamos nos lembrar muito dela. Mas é bom saber que a cama de madeira muito provavelmente foi revestida com laca nitrocelulósica ou poliuretânica, mais conhecida como verniz. Já a cama tubular, toda trabalhada, nada mais é do que um metal fundido, polido com ácidos abrasivos, tratada por agentes fosfatizantes e revestido com tinta à base de epoxi ou poliuretano. Dá até sono.
Mas pode dormir tranqüilo. O rádio-relógio vai despertar na hora, graças ao conjunto de semicondutores soldados com uma liga de estanho e cobre sobre uma placa de uréia-formol, produzia a partir de reações químicas. Com um único choque possível: o barulho alto.
Ao despertar e sair da cama, você pisa no carpete, uma composição de fibras de poliamida, polipropileno e outras resinas. Mas se o chão é de assoalho, polido e brilhante, ele foi tratado contra bactérias e fungos, recebendo uma fina camada de verniz melamina-formol. Para evitar piso direto nessa camada, você prefere usar o chinelo de borracha - feita de acetato de etilvinila ou de policloreto de vinila - e levantar já calçado na química, para mais um dia. Levante tranqüilo. Mesmo sem se lembrar, você estará bem acompanhado.

A Química da cor :}


A Terra é azul! Essa foi a exclamação do primeiro homem a ver o nosso planeta do espaço, o russo Yuri Gagarin. Ele poderia ter dito muitas outras coisas. Algo como a terra é redonda. Ou, então, que o planeta parece uma pequena bola perdida no infinito. Mas não. Gagarin, emocionado, preferiu gritar que a Terra é azul.
A exclamação de Gagarin é reveladora do fascínio que a cor exerce sobre a humanidade. A cor mexe com nossas emoções, dá nova dimensão aos objetos, modifica espaços, altera formas. O azul visto por Gagarin, sabemos, é resultado da refração da luz solar, um fenômeno natural. Porém, muito do azul - e também de todas as outras cores que enxergamos em nosso dia-a-dia - é resultado do desenvolvimento da Química.
Foi através da Química que o homem conseguiu reproduzir os magníficos tons e cores gerados pela natureza, além de criar novas e infinitas tonalidades. As cores básicas do arco-íris inspiraram o nascimento de uma tecnologia que coloriu ainda mais o planeta azul. E tornou a cor mais acessível a todos. Como? Simples. Antes de desenvolver, no século XIX, o processo de síntese para a produção de corantes e pigmentos, o homem utilizava minérios, como os óxidos de ferro e de manganês, ou extratos vegetais para dar cor a artigos e objetos, o que limitava bastante a produção e também a criatividade dos artistas.
Convenhamos, sem a Química, gênios como Rembrandt, Picasso, Da Vinci, Van Gogh, Monet, Portinari, Di Cavalcanti, Dali, Manabu Mabe, entre tantos outros, teriam mais dificuldades para "mergulhar" no cotidiano e descobrir cores e formas que estão à nossa volta, mas que nossos sentidos não percebem e que, por isso mesmo, precisam ser "despertados" pelo artista.
A Química é companhia constante de artistas de todo o mundo e, portanto, da poesia que nos cerca. É o caso da terebintina. Não, não se trata de nenhuma tela famosa, muito menos de uma pintora "naif" que começa a despontar nos círculos de arte. A terebintina é uma substância química que entra na composição dos solventes utilizados por pintores de todo o mundo, amadores ou profissionais, para dissolver tintas e limpar pincéis. É claro que, independente deste fato, ninguém vai entrar em um museu ou em uma galeria de arte para discutir a presença da Química nas telas. A idéia é deixar a alma se impregnar da beleza retratada pelo artista. Mas sempre é bom lembrar que sem os corantes e pigmentos desenvolvidos pela Química o mundo seria bem menos colorido.
E não é só na pintura que a Química dá o tom. Há milhares de corantes e pigmentos químicos, alguns com nomes bastante difíceis de pronunciar, que são utilizados em outras "artes", como o hidrocloreto de pentametiltriaminotrifenilcarbinol, corante utilizado no tingimento de couro, madeira, laca e na fabricação do papel carbono. Ou o tetrabromofluoresceína, utilizado para colorir líquidos em geral. A complexidade dos nomes químicos, porém, é uma outra questão. É muito mais simples e poético utilizar um nome popular. Afinal, a exclamação de Gagarin teria um impacto bem menor se ele dissesse "a terra tem a tonalidade do 1-(2-hidroxietilamino)4-metilaminoantraquinona". Azul é bem melhor.

Astrónomo amador Português colabora na descoberta de dois planetas extrasolares


Em 1995, Michel Mayor e Didier Queloz, anunciavam ao mundo a descoberta do primeiro exoplaneta , o 51 Peg-b. Aqueles dois astrónomos do Observatório de Genebra, na Suíça, abriram caminho a uma nova área da ciência astronómica: a detecção de planetas para além do nosso sistema solar
No final de 1999 a comunidade de astrónomos amadores entrou nesta corrida quando um planeta, informalmente designado por Osíris, é capturado a transitar em frente da estrela
HD 209458, na constelação do Pégaso, a 150 anos-luz de distância. Foi o primeiro planeta extrasolar em que se captou a assinatura fotométrica durante um trânsito em frente da sua estrela. Estava aberta a possibilidade de detecção de planetas extrasolares, com recurso a equipamentos modestos, normalmente utilizados pelos amadores. O que é um Exoplaneta? Como se consegue detectá-lo? Estas duas perguntas pertinentes são as primeiras a ser colocadas quando falamos de planetas fora do nosso sistema solar. Um exoplaneta é um planeta que orbita a sua estrela, da mesma forma que a Terra ou Júpiter orbitam o Sol , a única diferença é que isto acontece fora do nosso sistema solar. Também designados por planetas extrasolares, a maior parte dos que já foram descobertos são gigantes gasosos, do tipo de Júpiter, mas apenas porque os meios de detecção existentes não possuem ainda a sensibilidade necessária para detectar planetas mais pequenos e que induzem variações de pouca amplitude na órbita da estrela em torno da qual orbitam. Existem vários métodos para conseguir detectar exoplanetas: Astrometria; Velocidade radial; Micro-lente gravitacional; Fotometria; Imagem.De todos estes métodos, o que mais tem contribuído para o actual número de 294 planetas extrasolares é o método da velocidade radial, em que, de uma forma simples, se utiliza o efeito doppler para medir as perturbações do movimento de uma estrela, provocadas pela presença de planetas que a orbitam e que com ela partilham um centro de massa comum. O método da fotometria, ou como é mais conhecido, do trânsito, é de extrema importância porque permite, em associação com o método de velocidade radial, determinar variados elementos físicos do sistema - a massa, o raio, o período orbital e a inclinação da órbita do planeta. A detecção do exoplaneta é obtida através da medição da diminuta variação de intensidade da luz da estrela, quando o planeta, na sua órbita, passa (transita) em frente da estrela, conforme se ilustra na figura. É precisamente a utilização deste método que permite aos astrónomos amadores, munidos dos seus modestos equipamentos, participar da busca por novos planetas extrasolares e contribuir para o desenvolvimento do conhecimento científico desta matéria. A NASA , através do Space Telescope Science Institute, lançou um projecto, liderado por Peter McCullough e designado por "XO Project". Este projecto tem como objectivo a pesquisa fotométrica de planetas em torno de estrelas brilhantes. Numa tentativa de alargar a sua acção, foi criada uma "Extended Team" que disponibiliza aos astrónomos amadores dados sobre potenciais candidatos a exoplanetas, utilizando depois os dados obtidos pelos amadores para confirmar a existência daqueles planetas extrasolares. Aos 47 anos, João Gregório, astrónomo amador e membro activo do Grupo Atalaia desde 2004, associou-se áquela equipa juntamente com mais dez astrónomos amadores da Europa e EUA. Com recurso ao seu equipamento amador, constituíu-se num dos co-descobridores de dois exoplanetas recentemente confirmados pelo projecto à comunidade científica internacional. Para alcançar estes resultados foram necessárias muitas noites em que realizou milhares de imagens, na esperança de conseguir obter evidências do trânsito do planeta em frente da sua estrela, medindo as ténues variações da curva de luz produzidas por aquele trânsito planetário. Com muito trabalho e persistência, vê agora a sua dedicação ser reconhecida com a confirmação da existência de dois novos planetas extrasolares, o XO-4b e o XO-5b, ambos localizados na constelação do Lince, a uma distância aproximada de 960 anos-luz. João Gregório foi o primeiro a registar a curva de luz do XO-4b, um planeta 34% maior do que Júpiter com um período orbital de 4,125 dias, demorando 4h24' para transitar em frente da sua estrela. Este é um excelente exemplo da contribuição séria e científica que os astrónomos amadores podem prestar no avanço do conhecimento da astronomia. Resta esperar que os resultados agora obtidos confirmem a continuidade de uma profícua e continuada participação da comunidade de astrónomos amadores em estreita colaboração com os profissionais, realizando o seu trabalho em prol do desenvolvimento da ciência.

A Química da paixão.!

Entre as substâncias que compõem a paixão estão:a feniletilamina,
a epinefrina (adrenalina),
a norepinefrina (noradrenalina),
a dopamina,
a oxitocina,
a serotonina e as endorfinas.
Se vocês suportarem a falta de emoções intensas e decidirem continuar juntas, o cérebro passará a aumentar gradualmente a produção de endorfinas.
As endorfinas atuam como calmante, são analgésicos naturais e proporcionam sentimentos de segurança, paz e tranquilidade.
[pensa nisso...felicidade é química não é?]

sábado, 30 de agosto de 2008

Por que os cabelos ficam brancos com a idade?

De acordo com as atuais teorias do envelhecimento, cabelos brancos surgem quando as estruturas que compõem as células se oxidam devido à ação dos radicais livres - tipos reativos de oxigênio capazes de provocar danos celulares. Os radicais livres são moléculas instáveis, com número ímpar de elétrons (partículas atômicas de carga negativa), que podem desequilibrar as funções celulares. No organismo, milhares de radicais livres, provenientes sobretudo do oxigênio (elemento vital para a transformação dos alimentos em energia) são formados e destruídos a cada minuto. A destruição é operada por antioxidantes naturais (as vitaminas C e E e as enzimas superóxido dismutase e catalase). Assim, mais de 95% do oxigênio absorvido na respiração são transformados em água no interior das células, enquanto os 5% restantes passam por outras etapas antes disso e permanecem sob a forma de radicais livres. A poluição ambiental, os maus hábitos alimentares, a vida sedentária e a própria idade contribuem para o aumento na produção dos radicais livres, que facilitam o surgimento de doenças e o envelhecimento precoce. Até os 40/45 anos de idade, geralmente o organismo consegue vencer a luta contra os radicais livres, retirando-os da circulação sem grandes dificuldades. Depois, contudo, eles livres tendem a se acumular gradualmente no organismo, contribuindo para o surgimento não só de cabelos brancos como de doenças degenerativas (arterioesclerose e câncer), problemas nas articulações (reumatismo e artrose) e alterações na pele (rugas e manchas senis). Às vezes, os cabelos embranquecem precocemente, em geral quando, além de ter predisposição genética para isso, a pessoa enfrenta problemas particulares graves. Numa situação de estresse emocional, por exemplo, o organismo libera grande quantidade de adrenalina, substância altamente oxidante que contribui para o aumento dos radicais livres na corrente sangüínea - e daí, para o surgimento de cabelos brancos.